terça-feira, 25 de agosto de 2009

Como perder um homem em 10 dias

Confesso que quando peguei o filme para rever esses dias, achei que ja teriam se passado mais de 10 anos desde o seu lançamento. Contudo, descobri que ele não é tão velho assim e, para minha surpresa, foi lançado somente em 2003, ano em que entrei na faculdade. Ótimo! Assim, não preciso dizer que essa crítica é praticamente um flashback. Ou poderia, mas enfim, como a estrutura e a sinopse de comédias românticas como essa não mudam há mais de um século (desde que o cinema é cinema!), a minha fala sobre o filme se torna universal e atemporal para qualquer outro filme do (sub) gênero.

Andy Anderson (Kate Hudson) é colunista de uma resvista feminina, daquelas que ficam dando dicas sobre tudo o que os editores acreditam ser o universo de uma mulher: roupas, sapatos, namorados, jóias, dietas, mais namorados, celebridades, etc. Sua coluna dá dicas de várias coisas, que vão desde 10 passos para emagrecer até 10 dias para... perder um homem! É com essa proposta que ela pretende mostrar que é uma boa jornalista para que, assim, tenha o direito de escrever sobre o que ela realmente gosta, relacionado com política, economia, história e coisas engajadas do tipo. Na busca por uma cobaia, ela encontra Benjamin (Matthew McConaughey), que por sua vez precisa ganhar a aposta que fez com o chefe de fazer uma mulher se apaixonar por ele em... 10 dias! A vitória no jogo lhe dará o direito de fazer a campanha publicitária na área de diamantes que lhe renderia muito mais dinheiro e prestígio do que roupas esportivas e artigos masculinos.

Enfim, o circo está armado para que cheguemos à estrutura básica da comédia romântica: o casal que não tem nada em comum, gerando situações constrangedoras para ambos, mas que no final... bem, o final todo mundo já sabe. Os clichês clássicos estão todos lá: a relação de cada um com os amigos, as dicas destes mesmos amigos que metem o bidelho na relação, a visita à casa da família de um deles, o cachorro dela que ele odeia, mas que ganha sua amizade, o clipe musical com cenas com ambos sorrindo que marca a passagem da briga para a paixão, etc. Necessariamente, os clichês não são ruins, como citado no texto sobre Halloween aqui mesmo no PIS. Desde que, destes clichês, partam situações interessantes e que tragam algo de novo, que comova e divirta o público e, nesse sentido, Como perder... não faz feio. As situações ridículas pelas quais os personagens passam, exageradas, são divertidas e provocam sim risos pela identificação. Que jogue a primeira pedra aquele que nunca viu um casal imaginando como que se pareceria um futuro filho. Olhos de quem? Boca de quem? Meus? Sua? Do seu pai? Coisas assim causam a aproximação e a empatia do espectador, que quando se sujeita a assistir um filme como esse, não espera nada além de divertimento, um discurso pseudo-comovente no meio da rua e um beijo de final feliz.

Se as atuações não são dignas de Oscar ou de Urso de Prata, os atores parecem estar bem a vontade nesse tipo de filme, que já consagrou tantas Sandras Bullocks e Hugh Grants por aí. Na sua proposta, muito bem amarrada com um roteiro montado em cima de uma armação já infalível, Como perder um homem em 10 dias é uma boa opção para esses dias frios, onde não tem nada melhor pra ver na TV e onde se quer só ficar embaixo das cobertas comendo pipoca e vendo um filminho velho. Mesmo que não seja tão velho assim...

10 comentários:

Kamila disse...

"Como Perder um Homem em 10 Dias" é uma obra altamente previsível, mas que me encanta profundamente. Acho um filme que cumpre aquilo que é esperado dele. Além disso, Matthew McConaughey e Kate Hudson possuem uma bela química!

Hugo disse...

Apesar de ser uma comédia romântica que termina igual a maioria dos filmes do gênero, o filme tem como diferencial a química entre o casal principal, com o simpático e engraçado McCounaghey e a bela e sorridente Kate Hudson, que nos proporcionam momentos bem engraçados.

Abraço

Paulo Montanaro disse...

Olá pessoal!

Kamila: Concordo... a química deles é bem legal e isso acaba sendo 50% de qualquer comédia romântica, ou romances em geral. Ponto para a produção.

Hugo: O momento de entrega dos dois juntos é que permite que as cenas ridículas que eles se sujeitam sejam bastante plausíveis. Eu a achei um pouco exagerada, mesmo que a idéia fosse exagerar para que ele a largasse, mas o que seria do cinema sem os exageros... rs

Há braços

Jacques disse...

Paulo, o filme é correto e uma boa diversão para as sessões de fds. Entretanto, não é nada mais do que isso. As situações mostradas já foram vistas em outras produções e não inova. Porém, o diferencial é o casal central, que funciona.E só...
Falw

Cris França disse...

ah é bonitinho sim Montanaro, foi uma boa dica de filme, aliás eu vi esse filme por causa de uma amiga de trabalho que assitiu e gostou muito.

Cristina Caetano disse...

Gostei muito desse filme, é leve, romântico, previsível e encantador. :)

Beijos

Dewonny disse...

Vi na época q foi lançado e achei muito boa essa comédia romântica!
Filme divertido com um bom roteiro q prende atenção do espectador, coisa rara nessa gênero!
E Matthew McConaughey e Kate Hudson estão perfeitos na parceria em cena, bela química, adoro a Kate! Nota 8.0!
Abs! Diego!

Juℓi Ribeiro disse...

Montanaro:

Parabéns pelo blog!
Sua criatividade e talento
se refletem em suas postagens!
Já assisti este filme e adorei.
Quem não assistiu vale conferir.
Somos amigos no BlogBlogs
e vim te fazer uma visita.
Um abraço.

Paulo Montanaro disse...

Olá pessoal!

Jacques: Concordo... é um filme na mesma estrutura que funciona há anos. Como eu disse no texto, partir do clichê não é novidade no gênero. O que importa é funcionar como um todo, e nisso o filme cumpre o que promete.

Cris: É sim... a publicidade não foi tão grande assim, mas o boca-a-boca é que correu solto. Quando se pergunta sobre comédias românticas, esse sempre vem a tona.

Cris Caetano: Previsível, como a grande maioria dos filmes deste e de tantos outros gêneros. Mas é isso... funciona como um todo e exatamente da forma como a gente quer e sabe que vai terminar.

Dewonny: é exatamente essa a questão: o roteiro funciona muito bem, sem buracos ou pontos falhos. Bem construido, usando o modeliinho. E se o casal funciona, está aí a fórmula não tão secreta da comédia romântica! rs

Juli: agradeço muito a visita... é a blogosfera estreitando contatos! Volte mais vezes!

Há braços

Teresa Diniz disse...

Olá Paulo
Não tem mal nenhum haver comédias românticas, nem sempre nos apetece ver um dramalhão, não é? Tem mal é haver más comédias românticas, ou qualquer outro género de filme! Não é o caso deste, é engraçado e dispõe bem. Saiu há pouco outra comédia, da eterna Sandra Bullock, que também é engraçado e interessante, dentro do género: "A proposta". A ver.

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