O carro de bois, analisando a trajetória de Humberto Mauro após seus últimos filmes, tanto longas-metragens quanto curtas, parece ser dos seus temas mais bem quistos. Neste capítulo das Brasilianas, este carro é o destaque em uma manhã comum da roça. Seu som dá o ritmo da música que acompanha as tarefas triviais de um dia, seja ele qual for, de um brasileiro que vive da terra. Uma belíssima paisagem, como é comum nesses em todas as Brasilianas, é o cenário para homens ararem a terra, capinarem o mato ou tirarem leite. Os animais, tais como bois, galinhas e porcos, são protagonistas aqui também. A música gentil entra na mesma sintonia que o tempo único do campo, até o surgir do galinho garninzé, que se mostra dono do lugar. Desafia o galo maior e, em uma tensão, sai vitorioso. A ordem está re-estabelecida e a manhã segue seu caminho. O carro de bois é montado pelos homens. Aqui, uma narração didática explica um pouco mais deste dispositivo tão comum e tão útil para o homem do campo. É onde se carregou muito do que construiu o Brasil. É como se estivéssemos em dívida com ele. O instrumento, aqui, toma lugar central em Manhã na Roça. É como se, sem ele, o filme nem existiria. O título se justifica. Não haveria manhãs como essa sem o carro de bois.
Ficha Técnica Título: Brasilianas: Manhã na Roça - Carro de Bois
Duração: 8 min
Ano: 1956
Gênero: Documentário
Cor: PB
Direção: Humberto Mauro
Fotografia e Montagem: José de Almeida Mauro
Arranjo: Maestro Aldo Taranto
2 comentários:
É muito difícil de achar esses filmes, não é? Nem tem no YouTube! Que outro jeito eu posso ver?
Oi, Carol.
São mesmo muito raros de encontrar todos. Uma possibilidade é a Cinemateca Brasileira. A outra é encontrar em cineclubes o DVD da Programadora Brasil.
Há braços
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