A relação entre televisão educativa, tal qual a concepção de Pfromm Neto, e a televisão comercial sempre foi muito intensa e cheia de conflitos nas suas definições, conforme interesses e agentes envolvidos. Mesmo antes de emissoras públicas de caráter educativo surgirem no país, as televisões comerciais pelo mundo, desde já os anos 1940, exibiam programas de cunho didático-pedagógico. No Brasil, a partir do surgimento da televisão já na década de 1950, algumas foram as iniciativas de fundações e entusiastas em criar e difundir programas que tinham por finalidade primordial o de ensinar. Neste ponto, é recorrente que se utilize do termo “educativo” para designar qualquer programa que tenha por intenção, da sua concepção à exibição, passar conhecimento.
Por alguns anos, os canais comerciais brasileiros, a se destacar a Rede Globo, a TV Tupi e a Independentes, exibiram programas educativos por uma obrigação legal, veiculando, na maioria das vezes, programas produzidos por emissoras educativas. Outras possibilidades foram exploradas, como parcerias entre TVs públicas e privadas, ou mesmo canais comerciais que produziam seus programas educativos para posterior distribuição em outros canais. Aqui, novamente o que se entende por educativo, tanto nas emissoras comerciais quanto nas públicas, vem a tona, já que não há uma lista de especificações, ou de critérios, para tal definição. Esta é, portanto, subjetiva e se apresenta de acordo com os interesses envolvidos.
Tanto no Brasil como em outros países, tais como os Estados Unidos, a televisão educativa teve uma ótima expansão nos anos 1970. A legislação, por um lado, obrigava os canais de cunho comercial a exibir uma certa carga horária semanal de caráter educativo, enquanto as emissoras públicas se dedicavam a essa produção. Sem dúvidas, a televisão é um dos mais amplos e difundidos veículos de distribuição de conhecimento e, assim, um potencial instrumento de ensino, independente do avanço da tecnologia de outros meios, como internet, por exemplo. No caso das TVs públicas, foram vários os nomes de profissionais envolvidos na produção destes programas, sejam eles técnicos audiovisuais ou especialistas das mais diversas áreas, a se destacar da psicologia e da pedagogia.
Bambaleão e Silvana, vinheta exibida pela TV Cultura nos anos 80/90
Ainda pode-se colocar as dificuldades que essa programação específica enfrenta em nosso país. Sejam elas financeiras, tecnológicas e até mesmo ideológicas, as razões pelas quais as emissoras educativas sempre estão a mingua se colocam como grandes obstáculos a sua ampla divulgação e implementação. Somando-se a isso, há pouco espaço nas emissoras comerciais para essa programação, visto que dão pouco ou nenhum retorno financeiro, já que não atrai um grande público, e, portanto, grandes investidores. Desta forma, ainda que haja uma grande profusão de canais, emissoras, produtoras e retransmissoras de TV no Brasil, fazendo com que esta cumpra um papel importantíssimo na construção do imaginário coletivo da população brasileira, no seu comportamento e padrões sociais, há ainda muito o que se avançar no sentido da utilização deste importante meio de comunicação com fins educacionais.
PFROMM NETTO, Samuel. Televisão e videocassetes ensinam - e bem. In: _________. Telas que ensinam: mídia e aprendizagem: do cinema ao computador. São Paulo: Alínea, 2001.
Por alguns anos, os canais comerciais brasileiros, a se destacar a Rede Globo, a TV Tupi e a Independentes, exibiram programas educativos por uma obrigação legal, veiculando, na maioria das vezes, programas produzidos por emissoras educativas. Outras possibilidades foram exploradas, como parcerias entre TVs públicas e privadas, ou mesmo canais comerciais que produziam seus programas educativos para posterior distribuição em outros canais. Aqui, novamente o que se entende por educativo, tanto nas emissoras comerciais quanto nas públicas, vem a tona, já que não há uma lista de especificações, ou de critérios, para tal definição. Esta é, portanto, subjetiva e se apresenta de acordo com os interesses envolvidos.
Tanto no Brasil como em outros países, tais como os Estados Unidos, a televisão educativa teve uma ótima expansão nos anos 1970. A legislação, por um lado, obrigava os canais de cunho comercial a exibir uma certa carga horária semanal de caráter educativo, enquanto as emissoras públicas se dedicavam a essa produção. Sem dúvidas, a televisão é um dos mais amplos e difundidos veículos de distribuição de conhecimento e, assim, um potencial instrumento de ensino, independente do avanço da tecnologia de outros meios, como internet, por exemplo. No caso das TVs públicas, foram vários os nomes de profissionais envolvidos na produção destes programas, sejam eles técnicos audiovisuais ou especialistas das mais diversas áreas, a se destacar da psicologia e da pedagogia.
Bambaleão e Silvana, vinheta exibida pela TV Cultura nos anos 80/90
Ainda pode-se colocar as dificuldades que essa programação específica enfrenta em nosso país. Sejam elas financeiras, tecnológicas e até mesmo ideológicas, as razões pelas quais as emissoras educativas sempre estão a mingua se colocam como grandes obstáculos a sua ampla divulgação e implementação. Somando-se a isso, há pouco espaço nas emissoras comerciais para essa programação, visto que dão pouco ou nenhum retorno financeiro, já que não atrai um grande público, e, portanto, grandes investidores. Desta forma, ainda que haja uma grande profusão de canais, emissoras, produtoras e retransmissoras de TV no Brasil, fazendo com que esta cumpra um papel importantíssimo na construção do imaginário coletivo da população brasileira, no seu comportamento e padrões sociais, há ainda muito o que se avançar no sentido da utilização deste importante meio de comunicação com fins educacionais.
PFROMM NETTO, Samuel. Televisão e videocassetes ensinam - e bem. In: _________. Telas que ensinam: mídia e aprendizagem: do cinema ao computador. São Paulo: Alínea, 2001.
2 comentários:
Eu nem lembrava mais desse aí... acho q tô ficando véio.
Pois é... só lembrei quando vi de novo no Youtube!
Há braços
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