Enquanto começo a escrever esse texto sobre o filme Heróis, de 2009, estou me perguntando se mantenho o padrão do blog em sempre utilizar o título oficial em português ou se cometo um erro a menos do que a distribuidora aqui no Brasil e coloco o nome original. Bem... tomo essa decisão até o final do texto. Fato que é que esse filme, em uma primeira olhada no cartaz dos cinemas tupiniquins pode parecer algo que bebe da fonte de X-Men e até do seriado Heroes. Foi essa a comparação feita ao filme antes mesmo de ser lançado. Mas de fato, o que menos se vê na tela é esse super-heroismo. Se há alguma relação com Heroes, é exatamente por conseguir fazer o que a série ainda não conseguiu, ao inserir personagens com poderes extraordinários em um contexto de vida comum.
A premissa é um tanto simples, mas as reviravoltas no roteiro são bastante intensas. Basicamente, o filme fala de pessoas que foram utilizadas durante a segunda guerra mundial em experimentos para aumentar seu poder psíquico e, desta forma, se transformarem em super-soldados. Elas desenvolvem então algumas habilidades especiais, como localização de pessoas (chamados de Watchers), movimento de objetos (conhecidos como Movers), ou são capazes até de inserir pensamentos na cabeça de outras pessoas ("dom" dos Pushers). Após o fim da guerra, os Estados, e o filme se foca no governo norte-americano, continuam a monitorar essas pessoas na figura das Divisões. Na trama do longa, acompanhamos Nick Gant (Chris Evans), um Mover, que mais encarna o papel do verdadeiro loser americano, vivendo porcamente em Hong Kong, e Cassie Holmes (Dakota Fanning) uma jovem, porém experta Watcher, que se unem para encontrar Kira (Camilla Belle), uma Pusher que pode ser a chave de um evento com proporções gigantescas. E não são somente eles que a procuram. Há uma série de pessoas a buscando, dentre eles Henry Carver (Djimon Hounsou), também Pusher.
A trama é bastante complexa, com reviravoltas e surpresas o tempo todo. Há certos problemas no desenvolvimento do roteiro, o que acaba sendo até compreensível dado o tamanho de pequenos detalhes que ele precisa para funcionar. A direção é muito boa e compensa o baixo orçamento com muita técnica e uma certa dose de ousadia, visto que quebra com algumas convenções e ousa na decupagem e na ambientação. O filme é muito feliz nesta proposta e resulta em uma boa diversão, que acaba complicando demais a certa altura, até tornando a fita atrativa para um segundo olhar. Não faltam correrias, efeitos especiais (que parecem óbvios para a proposta, mas que são muito mais discretos mesmo se comparados a produções televisivas, como o já citado Heroes) e muitas surpresas. A forma como a trama consegue o seu desfecho é bastante interessante também, não sendo nem um pouco previsível.
De fato, é um filme bastante cativante. Não entra na lista dos grandes filmes do cinema mundial, mas consegue ser muito competente e surpreendente na sua proposta. Se tem suas referências - muito menores do que se esperava - em outras produções onde pessoas tem dons e poderes especiais, ele consegue encontrar o seu ponto de originalidade. E como eu havia dito antes, conseguiu inserir a discussão que Heroes ainda não emplacou: de fato, em terra de cego quem tem um olho é rei? Ou melhor, ter habilidades extraordinárias é realmente um dom ou uma maldição? A personagem Cassie consegue ver o seu futuro e sabe o que a espera. Mas no final das contas, ela só quer poder entrar em um túnel qualquer sem saber onde isso vai dar. Porque será que sempre queremos o contrário do que temos?
E quanto ao título da postagem, acho que pode ficar com o nome em português mesmo... Mas faço um menção honrosa ao título original, Push, que no contexto do longa faz muito mais sentido. Espero que um dia haja mais bom senso na escolha de versões nacionais de títulos assim. De heróis mesmo, os personagens não tem nada. Não é o fato de ter uma habilidade que faz o herói. Mas enfim...
A premissa é um tanto simples, mas as reviravoltas no roteiro são bastante intensas. Basicamente, o filme fala de pessoas que foram utilizadas durante a segunda guerra mundial em experimentos para aumentar seu poder psíquico e, desta forma, se transformarem em super-soldados. Elas desenvolvem então algumas habilidades especiais, como localização de pessoas (chamados de Watchers), movimento de objetos (conhecidos como Movers), ou são capazes até de inserir pensamentos na cabeça de outras pessoas ("dom" dos Pushers). Após o fim da guerra, os Estados, e o filme se foca no governo norte-americano, continuam a monitorar essas pessoas na figura das Divisões. Na trama do longa, acompanhamos Nick Gant (Chris Evans), um Mover, que mais encarna o papel do verdadeiro loser americano, vivendo porcamente em Hong Kong, e Cassie Holmes (Dakota Fanning) uma jovem, porém experta Watcher, que se unem para encontrar Kira (Camilla Belle), uma Pusher que pode ser a chave de um evento com proporções gigantescas. E não são somente eles que a procuram. Há uma série de pessoas a buscando, dentre eles Henry Carver (Djimon Hounsou), também Pusher.
A trama é bastante complexa, com reviravoltas e surpresas o tempo todo. Há certos problemas no desenvolvimento do roteiro, o que acaba sendo até compreensível dado o tamanho de pequenos detalhes que ele precisa para funcionar. A direção é muito boa e compensa o baixo orçamento com muita técnica e uma certa dose de ousadia, visto que quebra com algumas convenções e ousa na decupagem e na ambientação. O filme é muito feliz nesta proposta e resulta em uma boa diversão, que acaba complicando demais a certa altura, até tornando a fita atrativa para um segundo olhar. Não faltam correrias, efeitos especiais (que parecem óbvios para a proposta, mas que são muito mais discretos mesmo se comparados a produções televisivas, como o já citado Heroes) e muitas surpresas. A forma como a trama consegue o seu desfecho é bastante interessante também, não sendo nem um pouco previsível.
De fato, é um filme bastante cativante. Não entra na lista dos grandes filmes do cinema mundial, mas consegue ser muito competente e surpreendente na sua proposta. Se tem suas referências - muito menores do que se esperava - em outras produções onde pessoas tem dons e poderes especiais, ele consegue encontrar o seu ponto de originalidade. E como eu havia dito antes, conseguiu inserir a discussão que Heroes ainda não emplacou: de fato, em terra de cego quem tem um olho é rei? Ou melhor, ter habilidades extraordinárias é realmente um dom ou uma maldição? A personagem Cassie consegue ver o seu futuro e sabe o que a espera. Mas no final das contas, ela só quer poder entrar em um túnel qualquer sem saber onde isso vai dar. Porque será que sempre queremos o contrário do que temos?
E quanto ao título da postagem, acho que pode ficar com o nome em português mesmo... Mas faço um menção honrosa ao título original, Push, que no contexto do longa faz muito mais sentido. Espero que um dia haja mais bom senso na escolha de versões nacionais de títulos assim. De heróis mesmo, os personagens não tem nada. Não é o fato de ter uma habilidade que faz o herói. Mas enfim...
7 comentários:
Fiquei bem curioso quando vi o trailer desse filme no DVD do crepúsculo esse fim de semana, me lembrou bem uma mistura de Heroes mesmo com um pouco de Jumper (não sei porque hahahah).
Ainda mais que tinha a (não tão pequena mais) Dakota Fanning que arrebentava na atuação quando era uma garotinha.
Pelo que li aqui vale a pena alugar pra vê-lo. Valeu pela dica Paulo.
Abraços
Ricardo Braga
Equipe ToonSeries
Parceiro,
Ainda não vi este filme. Mas já que curte este tema, recomendo assistir a série the 4400. É simplesmente genial e viciante...
Bjs
Pois é a comparação principalmente com heroes é inevitável antes de dar uma boa olhada, mas parece mais interessante agora lendo seu texto. abraço!!!
Cara...minha meta para esse fds é assitir Heróis e A proposta!
Tomara que consiga!!!
Abraços
brunno
Nossa, achei esse uma chatice, ñ gostei nenhum pouco, ñ curti a história, ñ me cativou, nem os personagens agradaram!
Abs! Diego!
ToonSeries: Pois é... Dakota está sempre muito bem mesmo. É a grande promessa, já realidade. E tbm tenho a sensação da relação com Jumper, mesmo nunca tendo assistido... rs
Ka: desde que vi 4400 comentado no Defenda, eu fiquei morrendo de vontade de assistir. Preciso arrumar um tempinho na agenda, mesmo com todas as estréias de setembro... hehehe
Ygor: Pois é... Heroes me veio a mente antes mesmo de assistir. Para minha surpresa, o filme deu um passo além realmente
Tô Ligado: depois que ver os filmes, quero ver o que achou dos dois, hein!
Dewonny: realmente, é um filme para se gostar ou desencanar mesmo. Não sei se tem um meio termo. Mas que bom que causa realmente diferenças na percepção. isso é bom!
Há braços
Paulo
Eu não gostei desse filme, achei uma estética muito carregada e história fraca.
Só vale mesmo pela Dakota Fanning, incrível como sempre. O filme é dela!
Abraço
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